O ecossistema do Bitcoin nestes últimos seis meses tem sido verdadeiramente insano. No início do ano, o entusiasmo pelas inscrições ainda não tinha arrefecido e já começou uma nova vaga de staking, com projetos a surgirem como cogumelos depois da chuva. Ando metido no mundo das criptomoedas há tanto tempo e já quase não consigo acompanhar o ritmo.

Mas quando paro para ler os whitepapers com calma, vejo que há poucos projetos que realmente valham a pena. Alguns têm uma arquitetura técnica que se percebe logo ser remendada, outros apresentam modelos de token cheios de falhas e há equipas cuja origem nem sequer se consegue averiguar. Depois de estar tanto tempo neste meio, já se começa a perceber quem está realmente a trabalhar e quem só quer fazer lucro rápido e desaparecer.

Vou partilhar algumas ideias que tenho tido recentemente sobre a área do staking de Bitcoin.

Muita gente pode não perceber: porque é que o Bitcoin precisa de staking? Ele já funciona com o mecanismo PoW, que garante a segurança da rede através do poder de computação, não precisa deste tipo de soluções. Mas a realidade é que, desde o boom do DeFi, enormes quantidades de capital migraram para o ecossistema do Ethereum e os detentores de Bitcoin ficaram a ver, sem acesso a quaisquer rendimentos.

Foi aí que surgiram várias bridges e soluções de tokenização, sendo o exemplo mais típico o WBTC. Mas o WBTC tem um problema grave: a custódia centralizada. Se algo correr mal com o custodiante, podes perder todos os teus ativos. O mercado anda há muito à procura de soluções mais fiáveis e descentralizadas.

O aparecimento dos protocolos de staking líquido de Bitcoin veio dar uma nova resposta. Não se trata de simplesmente embrulhar BTC para criar um token noutra blockchain, mas sim de, através de mecanismos de staking, permitir que o BTC mantenha a sua segurança original e, ao mesmo tempo, participe no vasto mundo do DeFi para gerar rendimentos.

Ultimamente, tenho comparado algumas das soluções de staking de Bitcoin mais populares do mercado.