Ultimamente, há um fenómeno interessante no mundo das criptomoedas: o Bitcoin e o Ethereum parecem dois velhos funcionários públicos, ali firmes a passar o tempo. De repente, a ZEC apareceu do nada e, em 14 dias, disparou 1200%, atingindo um máximo de 749 dólares. Esta força explosiva é rara no mercado dos últimos três anos.

O mais impressionante é que não segue o mercado geral. Quando as moedas principais corrigem, ela sobe; quando as moedas principais andam de lado, ela ainda consegue acelerar. Na comunidade já circulam piadas do género "prefiro ficar preso na ZEC do que deitado a seguir o Bitcoin". Claro que é só brincadeira, mas por trás desta subida há realmente algo mais.

Olhando para trás, a área das moedas de privacidade esteve globalmente subvalorizada no ano passado. A ZEC, sendo um dos principais projetos, esteve sempre subestimada, e esta subida parece mais uma recuperação de valor acumulada do que pura especulação de mercado. Mas atenção — a subida no curto prazo foi demasiado rápida, quem quiser entrar agora deve ponderar bem, porque quando um foguete sobe assim, a queda também não tem travões.

O que merece mesmo atenção é a narrativa da privacidade. O que fez a ZEC descolar foi, por um lado, a sua tecnologia, mas o mais importante é que as instituições começaram a posicionar-se discretamente. O cofundador da BitMEX veio dar apoio público, mas há rumores ainda mais fortes de que algumas instituições conhecidas já classificaram a ZEC como o segundo maior ativo de liquidez, apenas atrás do Bitcoin.

O que significa esta posição? Basicamente, passou de "brinquedo de nicho" para "configuração estratégica". A procura por privacidade não é uma falsa necessidade, é uma necessidade real. Quanto mais apertada a regulação, mais evidente é o valor das ferramentas de privacidade. Esta subida da ZEC não foi por hype, foi por ter acertado no timing certo do sector.